A falta de confiança é comum aos mercados monetários, seja este em dólares, euros ou asiáticos. Dizem alguns especialistas que as medidas que têm surgido são bem-vindas e são necessárias para assegurar a segurança do sistema financeiro. Mas estes mesmos especialistas, também esperavam que os resultados já tivessem começado a acontecer. Como se sabe até hoje ao meio dia, a inversão não aconteceu, antes pelo contrário, os mercados bolsistas mundiais continuam em forte queda e as taxas de juro de referência interbancária (como ex. a Euribor), teimam em não descer.
O espectro da recessão económica mundial e a falência de várias instituições financeiras europeias e o profundo receio de que muitas outras poderão esconder problemas, congelaram praticamente as operações no mercado interbancário, fazem disparar a taxa de juro e agravam a desconfiança.
Foram muitos anos sem uma entidade reguladora e sem redes e sistemas de segurança nos mercados financeiros. A ambição sem limites de alguns gestores de topo de grandes grupos financeiros agindo com a cumplicidade dos governantes, levaram os mercados as extremos. Depois, a Administração Bush demorou demasiado tempo a reagir aos efeitos do Suprime e a aprovar o Plano Paulson. Para além disso as acções concertadas das grandes potências económicas e financeiras têm tardado a efectivar-se.
Hoje os G7 vão reunir-se de emergência para tentar encontrar uma solução. O que terão eles que fazer para parar o pânico?
Não sei ao certo, mas esforços não devem ser poupados. É preciso manter a economia real em funcionamento com a menor afectação possível, devolvendo de imediato a confiança aos mercados.
A base do sistema financeiro, os bancos, têm que continuar activos e as relações interbancárias terão que restabelecer-se rápidamente, devendo ser estas as principais preocupações dos governos dos diversos países. O modelo de intervenção adoptado na Inglaterra parece-me muito mais ajustado a gerar confiança do que a solução adoptada nos USA (Plano Poulson).
Seja como for, para além destas medidas para restabelecer a confiança, para recuperar a economia, vão ser precisos impostos mais baixos para as empresas, sendo que, para o efeito, as políticas orçamentais dos estados terão que ser mais flexíveis. Os investimentos não poderão parar e o dinheiro terá que continuar a circular para que as empresas não asfixiem. Para que tal aconteça são precisos juros mais baixos pelo que, os bancos centrais têm que dar já um sinal forte nesse sentido e depois… vamos ver...
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