1,5 milhões de pessoas terão sido afectadas pelo ciclone Nargis que atingiu Myamar, o mais devastador de toda a região desde 1991, quando perderam a vida 143.000 pessoas no Bangladesh.
Myamar (antiga Birmânia) é governada por uma ditadura militar xenófoba e autárcica desde 1962, após um golpe de estado que vitimizou cerca de 3000 pessoas.
A Birmânia possui no seu território o importante gasoduto birmanês de Yadana e é precisamente este e os projectos ligados ao gás que têm mantido o regime militar no poder, possibilitando a compra de armas e munições e o pagamento dos seus soldados.
Os monges budistas, os principais opositores internos ao regime, são massacrados e presos perante a passividade dos poderosos do mundo. A isto não será alheio certamente o facto de o gasoduto ser controlado pelas gigantes multinacionais petrolíferas norte-americana e francesa, respectivamente Chevron e Total.
No jornal Público de hoje, é referido em primeira página que o “governo Birmanez esta a pôr entraves ao envio de ajuda humanitária internacional.” e que os “militares mostram a sua verdadeira face, o desprezo pelo sofrimento do povo”.
Mas que mundo é este que teima em respeitar a legitimidade de um governo auto proclamado, que mata milhares de seres humanos, que oprime e maltrata outros milhares, que os escraviza (na construção da gasoduto) e que os prende sem culpa formada apenas porque manifestaram a sua oposição à ditadura?
Agora, depois de um cataclismo, 1,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda imediata, a comunidade internacional cria uma onda de solidariedade e não pode chegar às vítimas com a celeridade precisa, porque os ditadores colocam entraves?
Que mundo é este onde vivemos? Basta! Temos todos a obrigação de dizer, basta!
Myamar (antiga Birmânia) é governada por uma ditadura militar xenófoba e autárcica desde 1962, após um golpe de estado que vitimizou cerca de 3000 pessoas.
A Birmânia possui no seu território o importante gasoduto birmanês de Yadana e é precisamente este e os projectos ligados ao gás que têm mantido o regime militar no poder, possibilitando a compra de armas e munições e o pagamento dos seus soldados.
Os monges budistas, os principais opositores internos ao regime, são massacrados e presos perante a passividade dos poderosos do mundo. A isto não será alheio certamente o facto de o gasoduto ser controlado pelas gigantes multinacionais petrolíferas norte-americana e francesa, respectivamente Chevron e Total.
No jornal Público de hoje, é referido em primeira página que o “governo Birmanez esta a pôr entraves ao envio de ajuda humanitária internacional.” e que os “militares mostram a sua verdadeira face, o desprezo pelo sofrimento do povo”.
Mas que mundo é este que teima em respeitar a legitimidade de um governo auto proclamado, que mata milhares de seres humanos, que oprime e maltrata outros milhares, que os escraviza (na construção da gasoduto) e que os prende sem culpa formada apenas porque manifestaram a sua oposição à ditadura?
Agora, depois de um cataclismo, 1,5 milhões de pessoas necessitam de ajuda imediata, a comunidade internacional cria uma onda de solidariedade e não pode chegar às vítimas com a celeridade precisa, porque os ditadores colocam entraves?
Que mundo é este onde vivemos? Basta! Temos todos a obrigação de dizer, basta!
O mundo não irá sobreviver se o poder exercido pelos homens continuar a ser manipulado e condicionado por outros interesses que não coloquem os seus povos e a humanidade no seu todo em primeiro lugar.
2 comentários:
Serrone,
Permita-se que o trate apenas pelo nome. Sinto-me muito próximo de si. Não poderia estar mais de acordo com as suas opiniões. Aliás, tenho tido discursos muito semelhantes quando debato estes temas com os meus amigos. Constituímos um grupo de opinião só com colegas universitários que se reúne às sextas-feiras para jantar e falar de assuntos sérios, antes de irmos divertir-nos um pouco na noite lisboeta. Hoje vou falar-lhes em si e vou mostrar-lhes o seu blogue. Tenho a certeza que para a próxima semana irá ter mais participantes.
Estou com muito trabalho, mas este fim-de-semana, talvez vá ter algum tempo para lhe escrever mais um pouco.
Amélia
Cara Amiga,
Não tendo outra forma de a contactar agradeço-lhe todo o reconhecimento e apoio.
Serrone
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