segunda-feira, 5 de maio de 2008

Até quando pode durar a crise do petróleo?

A crescente procura deste produto, será acompanhada pelos produtores?

Segundo a FMI a produção dos países da OPEP deverá manter-se, enquanto os países produtores não pertencente a esta organização, aumentará entre 0,8-1 milhões de barris diários, o que será insuficiente para satisfazer o aumento da procura que em 2008 atingirá os 1,8 milhões de barris diários.

Por outro lado, ninguém tem dúvidas que as incertezas geopolíticas vão continuar no futuro próximo. Os recentes ataques de rebeldes às instalações de exploração de petróleo da Shell na Nigéria, fez com que este país começasse a produzir abaixo das suas capacidades, o que se deverá manter nos próximos meses. O Irão, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, acabou de anunciar que vai continuar com o seu programa nuclear. Uma decisão que inevitavelmente irá provocar mais incertezas no mercado e favorecer a especulação.

Todas as conturbações geopolíticas arrefecem os ímpetos dos investidores para incrementarem os seus investimentos nessas regiões do mundo, limitando deste modo a possibilidade de aumentar no futuro próximo a oferta, para poder vir a equilibrar a procura crescente.

Outros factores que têm estado na formação e manutenção da crise actual, deverão manter-se nos tempos mais próximos, tal como a depreciação do dólar americano e os seus efeitos na lei da oferta e da procura. Vejamos como funciona:
O dólar mais barato implica menor receita para os produtores, uma vez que a maior parte das transacções fazem-se com a utilização desta moeda. Para minimizarem a redução do lucro, estes acabam por ir aumentando os preços de venda do crude. Do lado da procura, o dólar mais barato favorece o aumento da procura, por parte daqueles que possuem outras moedas que se ncontram valorizadas em relação ao dólar.

O FMI estima que o preço do petróleo em 2009 e 2010 irá aproximar-se de valores próximos dos 100 dólares, mas abaixo deste patamar de custo. Esta situação só deverá acontecer dizem os analistas se o arrefecimento da economia americana se transmitir às economias emergentes. Estamos a falar na possibilidade de um abrandamento com algum significado das maiores economias à escala planetária.

A ser assim, facto que até se compreende, será para dizer, entre um cenário e outro, venha o diabo e escolha.

1 comentário:

Unknown disse...

Caro Serrone,
Gostei muito do seu blogue. Está formatado com gosto e desenvolve temas muitos actuais. Gostei da sintese que fez da informação. Para quem não tem muito tempo de ler a imprensa, tem no seu espaço oportunidade de ficar ao ocorrente do que é mais importante. Vou estar atenta ao desenvolvimento e prometo contribuir.
Cumprimentos