Ninguém pode negar que se tem vindo a assistir a um crescendo de tomada de consciência e de sensibilização por parte da população mundial, no que se refere às ameaças decorrentes do aumento de emissão de gases com efeito de estufa, sobre a vida no planeta. Os grupos de pressão que entretanto se foram criando, levaram a nova administração americana a rever a posição conservadora que até aí detinha, criando uma política de economia verde. No mundo ocidental onde vivemos e melhor conhecemos, sabemos que todos os partidos políticos passaram a incluir nos seus programas, as denominadas políticas do ambiente e a necessidade de maiores investimentos em energias alternativas (energias verdes).
Todos certamente estão de acordo quanto à positividade destes sinais. Dá para perceber que as posições e as mentalidades estão de facto a mudar um pouco por todo o mundo. No entanto, será suficiente o que as nações estão neste momento a executar em prol da diminuição da emissão dos gases com efeitos de estufa? Os especialistas mais conceituados dizem que não. Estes afirmam que a ameaça é real e que quanto mais tempo se demorar a reagir objectivamente, mais e maiores esforços serão despendidos. Acrescentam ainda que as alterações climáticas estão efectivamente a acontecer e que um dia poderão atingir o patamar de irreversibilidade, sem que ninguém possa informar antecipadamente quando esse dia irá chegar.
Não quero ser pessimista e muito menos alarmista, mas tenho que ser realista e afirmar que não posso deixar de olhar para este nosso mundo com alguma inquietação. Sei que para enfrentar os desafios globais é preciso mais cooperação entre as nações e elevar os níveis de solidariedade internacional a uma escala nunca antes vista, sendo que é aos povos mais ricos que serão exigidos os maiores sacrifícios. O mundo atravessa uma fase de crise internacional, na qual a credibilidade moral de pessoas influentes, ficou seriamente manchada. A própria crise fez com que os países olhem mais para dentro do que para fora. Por outro lado, não é menos verdade que se assiste a um enfraquecer de legitimidade das lideranças nas sociedades modernas, o que mina a mobilização e o desenvolvimento de ideais.
Terão os povos ocidentais dispostos a alterar profundamente o seu modo de vida e a contribuir solidariamente e generosamente com o resto do mundo subdesenvolvido? Estarão os países emergentes, China e Índia, dispostos a retardar a sua saída do subdesenvolvimento? Se estiverem, em que condições e a que preço? Será possível criar consensos a nível global sobre compromissos e acções a implementar, nos quais todos se sintam compensados e ninguém se sinta lesado?
Se formos capazes de responder de forma positiva e muito rapidamente a estas questões, então poderei ser levado a acreditar que talvez possamos estar à altura do desafio.
Todos certamente estão de acordo quanto à positividade destes sinais. Dá para perceber que as posições e as mentalidades estão de facto a mudar um pouco por todo o mundo. No entanto, será suficiente o que as nações estão neste momento a executar em prol da diminuição da emissão dos gases com efeitos de estufa? Os especialistas mais conceituados dizem que não. Estes afirmam que a ameaça é real e que quanto mais tempo se demorar a reagir objectivamente, mais e maiores esforços serão despendidos. Acrescentam ainda que as alterações climáticas estão efectivamente a acontecer e que um dia poderão atingir o patamar de irreversibilidade, sem que ninguém possa informar antecipadamente quando esse dia irá chegar.
Não quero ser pessimista e muito menos alarmista, mas tenho que ser realista e afirmar que não posso deixar de olhar para este nosso mundo com alguma inquietação. Sei que para enfrentar os desafios globais é preciso mais cooperação entre as nações e elevar os níveis de solidariedade internacional a uma escala nunca antes vista, sendo que é aos povos mais ricos que serão exigidos os maiores sacrifícios. O mundo atravessa uma fase de crise internacional, na qual a credibilidade moral de pessoas influentes, ficou seriamente manchada. A própria crise fez com que os países olhem mais para dentro do que para fora. Por outro lado, não é menos verdade que se assiste a um enfraquecer de legitimidade das lideranças nas sociedades modernas, o que mina a mobilização e o desenvolvimento de ideais.
Terão os povos ocidentais dispostos a alterar profundamente o seu modo de vida e a contribuir solidariamente e generosamente com o resto do mundo subdesenvolvido? Estarão os países emergentes, China e Índia, dispostos a retardar a sua saída do subdesenvolvimento? Se estiverem, em que condições e a que preço? Será possível criar consensos a nível global sobre compromissos e acções a implementar, nos quais todos se sintam compensados e ninguém se sinta lesado?
Se formos capazes de responder de forma positiva e muito rapidamente a estas questões, então poderei ser levado a acreditar que talvez possamos estar à altura do desafio.
Serrone